COMO
É DIFICIL O DIZER “NÃO”.
Uma pergunta constante em nossas mentes é: porque eu não consegui dizer
não???
Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande
maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na
realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho
secundário, ou seja, ser aceitos.
Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo
desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito,
ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas
queremos ser "bonzinhos", aos olhos dos outros.
É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e
agradar a todos, no entanto, qual um super-homem, insiste em
dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que
conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os
limites, assim como, tem os seus
próprios.
Se
racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência
em dizer não?; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite,
e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências
maiores?
Normalmente
se é mais exigente com familiares do que no social, há a noção de
que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente
impondo-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito
saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos,
impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da
derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de
abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.
Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido
por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir
para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando
limites da aquiescência e da disponibilidade.
Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a
dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e
o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.
Temos a considerar
que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem
desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar:
se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois,
se ponderarmos e escolhemos a melhor resposta