quarta-feira, 3 de junho de 2015

 COMO É DIFICIL O DIZER “NÃO”.

Uma pergunta constante em nossas mentes é: porque eu não consegui dizer não???

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos.

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser "bonzinhos", aos olhos dos outros.

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem,  insiste em dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

Se racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências maiores?

Normalmente se é mais exigente com familiares do que no social, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente impondo-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.
Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.


Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderarmos e escolhemos a melhor resposta


 AGRESSIVIDADE

Agressividade não dá para ser observada por uma única ciência humana. Estudos revelam que a agressão é um ato impulsivo do comportamento, que em última estância é um processo de autodefesa.

A agressividade se revela em atos que envolvem o emocional, este impulsivo e comportamental  traz uma característica de pulsão de vida, ou seja, uma alerta constante de defesa.

Agressividade também aparece em atos de autoagressão, haja vista os rituais masoquistas e de automutilação, chegando a extremos como o suicídio. Notadamente com pessoas que possuem autoestima extremamente rebaixado (que sofreram humilhação e processam a condição de menor valia), e ou com problemas psicológicos não cuidados a tempo.

Agressividade também surge no sentido dissimulado, através do sarcasmo e o cinismo, notadamente em pessoas arrogantes e orgulhosas, que revelam pessoas inibidas ou com autoestima rebaixado, essa forma de se expressar revelar seu verdadeiro caráter.

No entanto, temos que divisar o conceito de agressividade e violência, pois, esse paradoxo, traz semelhanças e desigualdade, como: Agressão é um ato instintivo, um impulso inato do organismo mental, que se expressa em uma atividade de autoproteção, autoafirmação, podendo chegar ao nível de crueldade, onde toda a violência é uma agressão, mas nem toda agressão é uma violência, e todas as formas de agressão podem levar à violência, dependendo do grau de intensidade.

As formas de agressividades têm duas origem, sendo; filogenética, uma programação comum a todos os homens, por sua adaptação de sobrevivência, como impulso de atacar ou fugir, e a segunda de origem biológica (patológica), que tem como objetivo a destruição e crueldade, que via de regra, retratam traços como: possessividade, timidez, cisão do mundo real e do mundo ideal (psicóticos – esquizofrênicos) o que em tese representa “distúrbio de personalidade impulsiva – agressiva – e distúrbio de personalidade antissocial.

Alguns fatores sociais desencadeiam a agressividade, estimulam a violência, mormente entre os jovens, devido à carência emocional, financeira, social, conflitos no lar ou mesmo a inserção em grupos organizado e agressivo de origem, como os demandam preconceitos de qualquer ordem.

O estado e a religião têm papel importante como fatores socializante familiar e do indivíduo particularmente, e coibir na medida do possível, através da educação minimizar a agressividade sócio histórica de cada individuo social.

Diante da dificuldade de localização precisa sobre a gênese da agressividade e da violência humana, fica uma esperança que novas ciências como a neurociência, a psicologia, a biologia, a sociologia, sejam capazes de observar com profundidade esse aspecto, permitindo ao sujeito reequilibrar de uma maneira mais branda e mais sociável no meio em que vive.


Esperança, portanto, nas novas gerações, que possa ser sucessão de criaturas mais amorosas e mais responsáveis com o equilíbrio emocional, e que a racionalização permita menor agressividade e agressões.