terça-feira, 1 de dezembro de 2015

  1. QUANDO A ANSIEDADE TOMA O COMANDO DE NOSSA VIDA

A ansiedade, estado de apreensão constante, a grande vilã social  do mundo moderno,  é algo intrínseco ao funcionamento do corpo físico, por isso é considerada um estado emocional primário e importante de sobrevivência humana, mas é com a quantidade de ansiedade que devemos nos preocupar, pois, com base no nível patológico, ganhou o estigma de atrapalhar a interrelação do indivíduo,  uma vez que abrange a todos, independente de idade, posição social e cultural.


Ansiedade é boa no sentido de nos levar a reagir diante de algum perigo iminente, focando nossa atenção e colocando o corpo sob alerta; ruim quando faz sentir desprotegido, causando danos emocionais (tensão, apreensão e inquietação), e desconcentrando de tarefas simples e rotineiras, porém necessárias a sobrevida.

Cada indivíduo tem seu limite de estresse que a ansiedade provoca, por isso é importante haver o autoconhecimento e escolher uma técnica que possa minorar “os estragos”, pois a ansiedade provoca uma descarga de adrenalina para que o físico esteja alerta e tenha condições de agir, tornando-se prejudicial (patológico).

 A ansiedade é o medo em excesso:  medo de desemprego, da vida amorosa, construção da felicidade, saúde etc.,  pode causar desarmonia ao sistema nervoso autônomo, e seu diagnóstico é de difícil constatação, pois é muito pessoal, cada um tem uma resistência ou necessidade pessoal, dos quais, os principais sintomas:

Medo, irritabilidade, nervosismo, falta de concentração, confusão mental, tensão muscular, “pré”ocupação, sudorese, taquicardia, voz hesitante, tremores, impaciência, falta de ar, boca seca, cólicas, insegurança, insônia, mãos tremulas,  cansaço etc.

Com certeza essa sensação é milenar no homem, outrora, preservação da  própria vida,  medo de epidemias, como a peste bubônica, febre amarela, e é interessante notar, que quanto maior for  o nível de exigência pessoal, maior será o grau de ansiedade que portará, o chamado pela psicologia de exigências do  superego.

A ansiedade tem origem em nossos pensamentos, somente consegue-se controlar com medicamentos e com sessões de terapia como um psicólogo, que poderá ser descoberto os motivos e minimizar seus efeitos.

Práticas para controlar a ansiedade:


Exercícios de respiração (aspiração e expiração compassadas e preferencialmente abdominais); corrigir postura (ereta); praticar regularmente exercícios físicos com orientação de um profissional; viver o presente, não remova o passado, não há por que controlar tudo a sua volta e meditação, mas, além de tudo, preparar-se para situações previsíveis e iminentes e tente identificar a origem da ansiedade, e por último, consulte um psicólogo, divida com ele suas dúvidas, seus medos suas expectativas, com certeza ele ensinará uma nova postura e isso melhorará sua qualidade de vida, o que permitirá conquistar o comando e condução da própria vida.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

 COMO É DIFICIL O DIZER “NÃO”.

Uma pergunta constante em nossas mentes é: porque eu não consegui dizer não???

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos.

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser "bonzinhos", aos olhos dos outros.

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem,  insiste em dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

Se racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências maiores?

Normalmente se é mais exigente com familiares do que no social, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente impondo-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.
Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.


Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderarmos e escolhemos a melhor resposta


 AGRESSIVIDADE

Agressividade não dá para ser observada por uma única ciência humana. Estudos revelam que a agressão é um ato impulsivo do comportamento, que em última estância é um processo de autodefesa.

A agressividade se revela em atos que envolvem o emocional, este impulsivo e comportamental  traz uma característica de pulsão de vida, ou seja, uma alerta constante de defesa.

Agressividade também aparece em atos de autoagressão, haja vista os rituais masoquistas e de automutilação, chegando a extremos como o suicídio. Notadamente com pessoas que possuem autoestima extremamente rebaixado (que sofreram humilhação e processam a condição de menor valia), e ou com problemas psicológicos não cuidados a tempo.

Agressividade também surge no sentido dissimulado, através do sarcasmo e o cinismo, notadamente em pessoas arrogantes e orgulhosas, que revelam pessoas inibidas ou com autoestima rebaixado, essa forma de se expressar revelar seu verdadeiro caráter.

No entanto, temos que divisar o conceito de agressividade e violência, pois, esse paradoxo, traz semelhanças e desigualdade, como: Agressão é um ato instintivo, um impulso inato do organismo mental, que se expressa em uma atividade de autoproteção, autoafirmação, podendo chegar ao nível de crueldade, onde toda a violência é uma agressão, mas nem toda agressão é uma violência, e todas as formas de agressão podem levar à violência, dependendo do grau de intensidade.

As formas de agressividades têm duas origem, sendo; filogenética, uma programação comum a todos os homens, por sua adaptação de sobrevivência, como impulso de atacar ou fugir, e a segunda de origem biológica (patológica), que tem como objetivo a destruição e crueldade, que via de regra, retratam traços como: possessividade, timidez, cisão do mundo real e do mundo ideal (psicóticos – esquizofrênicos) o que em tese representa “distúrbio de personalidade impulsiva – agressiva – e distúrbio de personalidade antissocial.

Alguns fatores sociais desencadeiam a agressividade, estimulam a violência, mormente entre os jovens, devido à carência emocional, financeira, social, conflitos no lar ou mesmo a inserção em grupos organizado e agressivo de origem, como os demandam preconceitos de qualquer ordem.

O estado e a religião têm papel importante como fatores socializante familiar e do indivíduo particularmente, e coibir na medida do possível, através da educação minimizar a agressividade sócio histórica de cada individuo social.

Diante da dificuldade de localização precisa sobre a gênese da agressividade e da violência humana, fica uma esperança que novas ciências como a neurociência, a psicologia, a biologia, a sociologia, sejam capazes de observar com profundidade esse aspecto, permitindo ao sujeito reequilibrar de uma maneira mais branda e mais sociável no meio em que vive.


Esperança, portanto, nas novas gerações, que possa ser sucessão de criaturas mais amorosas e mais responsáveis com o equilíbrio emocional, e que a racionalização permita menor agressividade e agressões.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

COMO É DIFÍCIL DIZER “NÃO”.

Uma pergunta constante em nossas mentes é: "porque eu não consegui dizer não"???

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer "sim", mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos socialmente.

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. 

Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser bonzinhos, aos olhos dos outros.

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem, insiste-se a dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

Se racionalizasse haveria a pergunta: "o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?"; mas isso é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não pode acarretar dificuldades, não dizer poderá trazer consequências maiores?

Normalmente se é mais exigente com familiares do que socialmente, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando-lhes limites, e indiretamente impõe-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é melhor forma de educar "os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes", que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.

Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma e o momento mais conveniente.


Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar (pedir) algo, o que lhe impõe desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta há de se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderado escolhemos a melhor resposta

Armando.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ANALFABETO EMOCIONAL

ANALFABETO EMOCIONAL

Mas a final o que é ser um analfabeto emocional?

É um sintoma de descontrole emocional, desentendimento na forma pacífica da problemática em que está envolvido, o que gera controvérsia na convivência social e familiar. Foi Goleman, Daniel quem introduziu a expressão “Analfabetismo Emocional, em seu livro Inteligência Emocional, que se tornou um Best-seller no final do século XX;

Naturalmente, pode ocorrer fatos e ocorrências de violências,  notadamente entre jovens adolescentes, em decorrência à deficiência de atenção, carinho psicossocial e privacidade de bens comuns e necessários à vida material saudável (pobreza e miséria), não é uma decorrência “necessariamente” da privação de bens materiais, tampouco, grau de instrução, mas está ligado à impulsividade (personalidade)  o descontrole emocional.

A dificuldade de se manifestar harmoniosamente em grupo seus sentimentos e emoções, sobretudo a incapacidade de controle dos mesmos, faz com que se afaste, e passe a desenvolver perspectiva de vida com uma pincelada de pessimismo, podendo chegar à depressão, distúrbio alimentar, distúrbio do sono, ansiedade, vícios com bebidas alcoólicas, drogas etc.

Sabemos hoje que muitas doenças psicossomáticas advém das emoções mal trabalhadas, podemos afirmar que a cultuada inteligência (lógica),  abrange algo além do raciocínio, incluímos as emoções, e que a repressão social dos sentimentos provoca danos emocionais. A criatividade, a empatia e a sensibilidade, afeto, medo, tristeza, raiva etc., estão associadas à expressão emocional universais, o que muitas vezes não é expressa ou até reprimida.

Aprendemos a ler e escrever interpretamos textos e tratados, no entanto, nada sabemos sobre nossas emoções, não nos ensinaram expressá-las. Somos aculturados pela forma materialista e dogmática machista, assim, não há espaço para emoções.

Aprender a identificar e conviver com as emoções exige uma sofisticação emocional, pois, permite o direito da escolha não dissociada entre o sentir e o expressar através da verbalização, e também, da interação psíquica e emocional, o que irá refletir numa relação social e familiar mais/menos adequada, evitando a sobrevivência do impulso, e explosões.

A emoção interpenetra a todos os campos de atuação em nossa vida, é por isso que interfere na saúde física e mental, e pode provocar doenças psicossomáticas, é necessário desbloquear e dar importância às emoções tanto quando damos as outras faculdades humanas.

Para a visão do analfabeto emocional somente há duas saídas, uma de oprimir outra de ser oprimido, o que acarreta danos emocionais e perturbações em todas as relações, sobremaneira nas amorosas, tendendo a submissão ou opressão absolutas como alternativas.


Há, porém, o caminho do autoconhecimento, passo fundamental para se conhecer e observar o potencial e limite, além de autoeducar-se, lembrando, sempre, que para todo há uma interrelação psicossocial e para que isso ocorra com transparência deve-se observar o limite e potencialidade do outro, evitando que esbarre na baixa autoestima, complexo de culpa, orgulho e superficialidade, mas, principalmente, na imaturidade emocional que sempre interfere na dificuldade de se expressar de maneira tranquila.