COMPRADORES COMPULSIVOS
Foi na
antiga Grécia que o ato de comprar se desenvolveu, onde o dinheiro alterou os
valores culturais e morais da sociedade, os valores familiares mediram-se pelo
poder do sistema monetário.
Até
nossos dias, o ato de comprar é um êxtase, o que pode levar a um transtorno
clínico, ou seja, o transtorno de compra compulsivo (oniomania - é a
tendência obsessiva para fazer compras, transtorno de personalidade e mental,
classificado dentro dos transtornos do impulso. Para o consumidor compulsivo, o
que lhe excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado. A pessoa quer
comprar, não ter, mais ou menos deu para entender), descrito por Kraepelin médico
psiquiatra. Trata-se, portanto, de uma impulsividade (impulso patológico), nem
sempre consciente, e atinge a qualquer nível intelectual e idade.
Muitos
estudiosos do transtorno consideram tão lesivo à saúde mental como: o
transtorno de dependência do uso de drogas e álcool; transtorno
obsessivo-compulsivo e do humor. Outros colocam no mesmo patamar dos
transtornos: do jogo patológico, cleptomania, piromania e o dependente da
internet ou ainda os transtornos alimentares.
Interessante
é observar as reações anteriores e posteriores à compra: há inicialmente o
descontrole compulsivo, que resulta numa euforia e alívio pela aquisição,
posteriormente a depressão e sofrimento pelo arrependimento e compreensão da
situação em que se colocou.
Interessante
também observar que essa compulsão atinge um número maior do sexo feminino e em
fase da adolescência para a vida adulta, em comparação e proporção à compulsão
pelo jogo que atinge na maioria o sexo masculino adulto.
A
Psicologia e a Psiquiatria tem se debruçado sobre o assunto que merece grande
preocupação, pois, todos os descontroles acarretam sofrimentos, portanto, devem
ser tratados, com psicoterapia e medicamentos, diminuindo a ansiedade, e o
diagnóstico preciso é necessário, pois se deve descartar o portador de
transtorno bipolar.
Portanto,
trata-se de uma vivencia mal adaptada, vivência com o irresistível; compras
desnecessárias; compras que interferem significativamente no modo de vida
pessoal e ou familiar e ainda social e financeiro. Os compradores compulsivos
têm maior tendência recorrente à depressão e tendência ao suicídio quando
entram em abstinência.
Armando Camargo
psicólogo