quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


 COMPRADORES COMPULSIVOS


Foi na antiga Grécia que o ato de comprar se desenvolveu, onde o dinheiro alterou os valores culturais e morais da sociedade, os valores familiares mediram-se pelo poder do sistema monetário.

Até nossos dias, o ato de comprar é um êxtase, o que pode levar a um transtorno clínico, ou seja, o transtorno de compra compulsivo (oniomania - é a tendência obsessiva para fazer compras, transtorno de personalidade e mental, classificado dentro dos transtornos do impulso. Para o consumidor compulsivo, o que lhe excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado. A pessoa quer comprar, não ter, mais ou menos deu para entender), descrito por Kraepelin médico psiquiatra. Trata-se, portanto, de uma impulsividade (impulso patológico), nem sempre consciente, e atinge a qualquer nível intelectual e idade.

Muitos estudiosos do transtorno consideram tão lesivo à saúde mental como: o transtorno de dependência do uso de drogas e álcool; transtorno obsessivo-compulsivo e do humor. Outros colocam no mesmo patamar dos transtornos: do jogo patológico, cleptomania, piromania e o dependente da internet ou ainda os transtornos alimentares.

Interessante é observar as reações anteriores e posteriores à compra: há inicialmente o descontrole compulsivo, que resulta numa euforia e alívio pela aquisição, posteriormente a depressão e sofrimento pelo arrependimento e compreensão da situação em que se colocou.  

Interessante também observar que essa compulsão atinge um número maior do sexo feminino e em fase da adolescência para a vida adulta, em comparação e proporção à compulsão pelo jogo que atinge na maioria o sexo masculino adulto.

A Psicologia e a Psiquiatria tem se debruçado sobre o assunto que merece grande preocupação, pois, todos os descontroles acarretam sofrimentos, portanto, devem ser tratados, com psicoterapia e medicamentos, diminuindo a ansiedade, e o diagnóstico preciso é necessário, pois se deve descartar o portador de transtorno bipolar.

Portanto, trata-se de uma vivencia mal adaptada, vivência com o irresistível; compras desnecessárias; compras que interferem significativamente no modo de vida pessoal e ou familiar e ainda social e financeiro. Os compradores compulsivos têm maior tendência recorrente à depressão e tendência ao suicídio quando entram em abstinência.
Armando Camargo
psicólogo

Um comentário:

  1. Gostei da leitura, mas não podemos colocar a total responsabilidade no ato da compra, o verdadeiro responsável por este e outros vícios e o temido VAZIO. Digo por mim, em um determinado ponto do meu desequilíbrio, comprava pra TAMPAR o vazio, este ato só alivia momentaneamente, com a terapia e medicação, o VAZIO é PREENCHIDO em conta gotas em um sustento emocional e virá alegria de viver. Eu tô caminhando pra isso.

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